segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Ídolos do CSA comparecem à festa do centenário e são homenageados

Header_100ANOS-CSA (Foto: Infoesporte)
Como todo mundo sabe, ser jogador de futebol não é tarefa nada fácil. Antes de tudo, é preciso ter muita dedicação, habilidade, competência e, às vezes, um pouco de sorte para conseguir alcançar os maiores objetivos enquanto atleta profissional.
Todo atleta, seja ele do futebol ou de qualquer outro esporte, sonha em um dia conseguir ganhar notoriedade no cenário nacional e até internacional, galgando cada vez mais conquistas e glórias. E num estado que não tem grandes incentivos para a prática do esporte, como é o caso de Alagoas, chegar a essa conquista não é para qualquer um ou para qualquer clube.
Adriano Gabiru é dispensado do CSA-AL (Foto: Divulgação - site oficial do CSA)Adriano Gabiru saiu do Mutange (Foto: Divulgação - site oficial do CSA)
Porém, com a tradição de um clube centenário, de massa, detentor do maior número de títulos estaduais e, com a bagagem de ter alcançado a maior conquista do futebol alagoano, que foi o vice-campeonato da Copa Conmebol em 1999, o CSA revelou grandes jogadores, que chegaram as mais variadas conquistas no futebol brasileiro.
Dentre tantos atletas revelados pelo clube azulino, o GLOBOESPORTE.COM resgatou os nomes de alguns dos principais jogadores que foram criados no CSA e chegaram aos grandes clubes do futebol brasileiro.
O maior do futebol alagoano
Um dos primeiros, que é considerado até hoje o melhor jogador do futebol de Alagoas, foi o meio-campista Dida. O atleta, que esbanjava classe dentro de campo, nas décadas de 50 e 60, chegou a vestir a camisa do Flamengo, sendo o maior ídolo do craque Zico, e foi parar na Seleção Brasileira.
Dida marcou, com gols e jogadas de rara beleza, uma geração formada por azulinos, rubro-negros e amantes do jogo de bola. No Flamengo, o craque mostrou a imponência do seu futebol para o País, conquistou títulos aos pares e foi para a seleção brasileira, onde perdeu a vaga entre os titulares somente para Pelé.
No CSA, ele provou aos seus descrentes conterrâneos que Alagoas poderia ter representantes da arte de conduzir a bola nos melhores "teatros" do futebol mundial. Assim, esse craque – de certa forma – contribuiu para amenizar a falta de confiança que as pessoas do Estado tinham contra elas mesmas. Nesse momento, Dida deixou de ser apenas um jogador como tantos outros, transformando-se numa lenda incontestável, que conseguiu, apenas com gols, libertar o seu povo do conformismo.
Dida  Flamengo 50' (Foto: Arquivo/Museu dos Esportes)Dida saiu do CSA para vestir a camisa Flamengo, seu clube de coração (Foto: Arquivo/Museu dos Esportes)
O historiador e jornalista Lauthernay Perdigão falou sobre essa característica do clube marujo de exportar jogadores.
- O CSA sempre foi um exportador, principalmente nos anos 40 e 50. O CSA exportou muita gente, nessas duas décadas, quando jogadores como Palheta, Chimbé, Epaminondas, Merci vestiam a camisa do CSA. Hoje, esses atletas não são lembrados porque já faz muito tempo que jogaram e a torcida de hoje não se lembra. Isso se referindo aos jogadores daquela época.
Lauthenay Perdigão (Foto: Viviane Leão/GLOBOESPORTE.COM)Jornalista e historiador Lauthenay Perdigão destacou a característica do CSA de exportador de atletas (Foto: Viviane Leão/GLOBOESPORTE.COM)
"Seu Lau", como também é conhecido o homem responsável pelo Museu dos Esportes, fez questão de lembrar também de outros atletas que passaram com destaque pelo time do Mutange.
- Depois do Dida, teve ainda Paranhos, Zé Preta, Peu, Souza, que teve muito sucesso lá fora, Flávio, Adriano, que foram campeões jogando aqui pelo CSA, e alguns mais que saíram da base e foram direto para os clubes do Sul e que estão brilhando, como é o caso do Cleiton Xavier, que muita gente nem sabia e de repente apareceu no Palmeiras.
Os clubes precisam pensar nessas divisões de base e quando houver a oportunidade para esses atletas jogarem pelas equipes principais, é preciso ter paciência por parte dos dirigentes, da torcida e dos treinadores."
Lauthenay Perdigão, jornalista e historiador
Além de Dida, o CSA revelou ainda jogadores como o goleiro Lula (Mostrinho), que se transferiu para o Náutico, onde foi hexacamepão pernambucano na década de 60; os zagueiros Zé Preta, que defendeu o Atlético-MG e o Paraná, e Paranhos, que chegou ao Corinthians e ao São Paulo; o goleiro Flávio, único atleta do futebol brasileiro a conquistar o título de campeão das Séries A, B e C; os meias Josenilton, que jogou no Vasco da Gama; Peu, que conquistou o Campeonato Mundial em 1981 pelo Flamengo; Souza, que se transferiu do Azulão para o Botafogo; Adriano Gabiru, que foi vestir a camisa do Atlético-PR, depois de um início muito promissor no time marujo; Geninho, Rubiano e Cleiton Xavier, que passaram a defender o Internacional depois de terem se destacado com a camisa azulina.
Lauthenay, que chegou a fazer parte do aspirante do Centro Sportivo Alagoano, falou também sobre a importância de se investir nas categorias de base para conseguir formar bons atletas.
- Os clubes precisam pensar nessas divisões de base e, quando houver a oportunidade para esses atletas jogarem pelas equipes principais, é preciso ter paciência por parte dos dirigentes, da torcida e dos treinadores. O que tem acontecido nos últimos anos é que, quando os atletas ganham ,os clubes não estão bem e os garotos não conseguem se destacar. Com isso, muitos deles terminam desistindo do futebol.
Ou seja, o Centro Sportivo Alagoano é considerado um clube verdadeiramente exportador de atletas. Ao longo de seu centenário, o time marujo criou grandes jogadores, que chegaram a conquistar alguns dos mais importantes títulos do cenário futebolístico mundial.

Fonte: http://globoesporte.globo.com

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